sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Soprando versos no meu ouvido

tumblr_lbbn4rIg5K1qeubbbo1_500Quero falar sobre aquela emoção antiga

Perdida na floresta dos sentidos.

Vez em quando,

Quando levemente entristeço,

A vejo surgir assim tão magra e leve

Que parece definhar longe da minha atenção.

Mas ela está sempre lá,

Entre sombras finas, chuvas e silêncios.

Vez em quando,

Quando levemente entristeço,

Sinto-a perto de mim,

Soprando versos no meu ouvido.

 

por Sérgio Araújo

sábado, 13 de novembro de 2010

Café Aragipe

rua sta rosa

Para Aglacy Mary

Também apago sombras!

Sinto-as…

Sombras são quase coisas,

Outras coisas.

Talvez as próprias coisas!

Quem sabe atalaias

Ao sol ardente

De uma tarde de verão.

Sombras no oceano,

No mesmo plano da avenida.

Rua da frente!

E não me  esqueço da Santa Rosa.

Café Aragipe,

Cheiro de manhã

Impregnado de humanidade.

 

por Sérgio Araújo

domingo, 7 de novembro de 2010

Céu de bem cedo

2006786941_a43bc9de87_mMeus pensamentos sonoros como versos matutinos

Rasgam o papel com letras agudas

Semeando palavras na branquidão.

Rimas voláteis como sax on song

Findam completas feito chuva na tarde.

Com um sorriso discreto,

Te vejo na gota de tinta,

No fim da linha em espiral

Que traço com meu bico de pena.

Serena,

Passas bebendo nuvens alvinhas

Num céu de bem cedo.

Daqui, do lado da sombra,

Corro os dedos distraído

E risco o teu nome em silêncio

No vapor fugaz da vidraça.

 

por Sérgio Araújo