domingo, 7 de novembro de 2010

Céu de bem cedo

2006786941_a43bc9de87_mMeus pensamentos sonoros como versos matutinos

Rasgam o papel com letras agudas

Semeando palavras na branquidão.

Rimas voláteis como sax on song

Findam completas feito chuva na tarde.

Com um sorriso discreto,

Te vejo na gota de tinta,

No fim da linha em espiral

Que traço com meu bico de pena.

Serena,

Passas bebendo nuvens alvinhas

Num céu de bem cedo.

Daqui, do lado da sombra,

Corro os dedos distraído

E risco o teu nome em silêncio

No vapor fugaz da vidraça.

 

por Sérgio Araújo

2 comentários:

  1. Que imagem nos passa esse texto, poeta. A poesia passeia em visões que se esvaem.
    Um abraço, Sérgio!

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  2. Vejo que bem cedo o papel lhe impõe a necessidade de marcas.
    Daqui, do lado do sol, apago sombras.

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