Como posso na plenitude do dia
Catar versos tão maduros?
Alguns agarraram-se a mim
Como a um pai zeloso.
Outros, colhi como frutas maduras.
Há os que correm, aflitos, olhando a retaguarda.
Os que parecem ter sempre estado aqui ao meu alcance.
Uns simplesmente explodem sobro os outros
Espalhando suas partes,
Imagens que se agregam com facilidade
Na extensão dos signos
Já plenos de si.
por Sérgio Araújo
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