Um som passou por aqui. Deixou suas marcas no silêncio entre o sol e o lá. Silêncio cheio de falas na sala imensa em cujo eco abundam coisas de sentir.
Digo de eras entrelaçadas e fantasias inteiras curtidas no limiar da claridade da manhã. Soltas, as notas se vão, prolongando os lumes como se fossem suas caldas, réstias de sol no chão de pedra.
Porque não te vejo, entristecido, vago a sonhar com cores e sons que não se importam com unidades. Não é para mim essa música. É de todos na universalidade em que também me reconheço.
Canto e desencanto, espaço, delírio….
Em que estrada insana intenta o som fazer-se tão simples e belo?
por Sérgio Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela visita!