Por cima
uma ponte
Por baixo
S
a
l
t
a
m
Cocas tamanho família
E entopem
Com tampinhas
As malhas da rede
Enredada
E atada
Por nervos ponte-agudos
Enquanto
foge por ali
Um casal de apitos
Na avenida boa vista
Saqueadores de caldo de cana
E um velho poste
No ponto da torre cinza arcaica
Daí em diante
Ausente
O sol
De par a par
Pardo
Pardeja
Em lívidos olhos de janela.
Fria
Como a água matinal
(a janela da casa verde)
pinga
cacos de vidro fosco.
Por Sérgio Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela visita!