O vagão arrasta seus aros de aço
Os olhos esbugalhados simultaneamente fragmentados
no vapor fugaz
Um traço
Rangem esferas de rostos
Não há palavras
Apenas espelhos em cacos
Cada uma ponta
Afia uma outra imagem
E aponta
Em diferentes pontos
Os fragmentos do todo
E o desdobro
Do olho panorâmico de Bentham
Estacionário e sinérgico
Como num quadro futurista
Ou num filme de Eisenstein.
por Sérgio Araújo
Guia, mestra, carcereira. Sua palavra diz muito nesta metonímia.
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