O mar avança sobre os pés de Hermes, enquanto uns peixinhos nadam apressados nas poças rasas e transparentes junto às pedras da praia.
O silêncio proporcionava uma sensação de comunhão com o universo. Só, Hermes sonhava olhando o horizonte alaranjado como numa ilustração de livro infantil
Nada mais poderia ser tão importante a ponto de quebrar a sintonia daquele instante quase mágico, tão simples e tão complexo como o sentido de tudo.
Estava tudo ali e, ao mesmo tempo, nada parecia explicar-se por si só. O caso é que Hermes sabia não ser. Talvez nem soubesse. Na dúvida, ele varou o espaço com lascas de vidro do seu olhar turvo e inquiridor.
Adiante, o sussurro do vento o nada.
por Sérgio Araújo
Uma mensagem Hermética, Serjão!
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