quinta-feira, 16 de abril de 2009

Bar continental

 
De quanto tempo disponho 
Para viver congelado na íris estreita
Desta janela vesga?
Pouco me resta obter
Sem optar por constrangedora aquarela
Pateticamente posta
Sobre a marquise de ferro fundido
Do bar continental.
Não sei por onde anda
aquela disponibilidade sempre presente.
Não sei dispor de um tempo
Fundido em aquarelas, janelas e íris de marfim.
Não sei
Se louco ou santo
É o sonho abissal
Congelado sobre a marquise
Do bar continental.
por Sérgio Araújo

2 comentários:

  1. Olá Sérgio!!
    Grata pela visita!
    Não consegui te achar no overmundo... manda o link do teu poema pra mim!

    Bj

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  2. Genial, Sérgio.
    Somente essa diletante vida virtual pode nos apresentar autores tão bons como você.
    Saiba que estaremos sempre acompanhando o seu trabalho, que nos remete a um quê do Hel Hacedor, do Jorge Luis Borges.
    Show!
    Um grande abraço.

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Obrigado pela visita!