terça-feira, 21 de abril de 2009

Nietzscheanas nº 2

 
Estupefata a civilização de pátrias molestadas
Reclama que do alto dos picos
E das cinzas dos abismos
Ouça-se a voz intempestiva a apontar barbáries.
Eis o cálice ditirâmbico!
Quem ousa ultrapassar o círculo ilusório
Que aprisiona, intimida e fere?
Quem, dentre as ovelhas reticentes
Vê o demiurgo que sangra
Em incomensuráveis convicções
E apriorismos imberbes?
Lá está o homem novo!
Eu o vejo
Num dèjavu embriagado de séculos
A irradiar potência numa espiral infinita,
Impregnada das páginas de Kafka, 
Nietzsche, Dostoiévski
E Augusto dos Anjos.
Mestres da modernidade,
Dilacerados em seu tempo,
Anjos e demônios,
Ventres abertos para o infinito.
por Sérgio Araújo

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