quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Homens Simples

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Homens simples

Homens que nascem com o sol

Todos os dias,

Que brilham e ficam tristes,

Pedem paz e olham-se nos espelhos de casa

Todas as manhãs.

Com que caras irão para as ruas molhadas pela chuva?

Amam o sol da tarde morna,

Sonham sob um céu de claras contas.

Homens simples!

São crianças, o que eu vejo

Por trás da cortina fria da melancolia,

Além do olhar grave,

Da incerteza esperta,

São crianças sem brinquedos.

Simples crianças;

Aprendizes itinerantes

Com seus olhos rasos.

Não se enxergam na simplicidade do dia.

Homens simples!

Como talvez seja o mundo,

E o tudo e o nada,

O Subterfúgio

E a gota d'água que hora pinga

[Insistente]

No meu rosto sorridente.

 

por Sérgio Araújo

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