segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Polaroid

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Aqui, onde estou,
Posso diluir-me num verso
Para caber no espaço do teu riso.
Posso colher mil maneiras de te amar,
Sonhar em cinemascope
Nosso beijo lírico de domingo.
Rabiscando agora,
Nesse velho caderno colegial,
Sou ciência humana transitória.
Sou saber perdido na tua memória,
Fotografia em preto e branco
Da minha antiga Polaroid.
Aqui, onde estou,
Posso construir meus versos em silêncio
Para exibir estático numa tela,
Posso fazer uma fotonovela
E colher o teu sorriso breve
Para fazer figura leve
No espaço cênico do poema.



por Sérgio Araújo

Um comentário:

  1. Lindo texto Serjão. Tudo cabe na poesia dos que com a alma, conseguem guardar em latas, metaforicamente, o incontível.

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