A parede da pedreira
Que não existe mais enquanto parede,
Outrora sentiu o vento acariciar [como aço]
Cortando a face da pedra.
Agora não é mais dura,
Não sombreia mais o pó das tardes
E eu não sinto medo da altura.
Não sonho com escaladas e desfiladeiros.
Não brinco mais
Quando a chuva vem em grossas tranças
Formando laguinhos de sujar pés.
O sol não aquece a parede de pedra
Até secar o galho preso na fenda
E eu não posso quebrar o galho
Entre os dedos,
Sentir o pó da madeira.
A parede da pedreira não é mais de pedra,
É de memória.
Seja lá de que matéria for,
Eu não brinco mais na sombra da pedreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela visita!