Segundo Schiller, a estética ( como espaço de realização criativa) é "o estado mais fértil com vistas ao conhecimento". Declara: "somente aqui nos sentimos como arrancados ao tempo; nossa humanidade manifesta-se com pureza e integridade, como se não houvera sofrido ainda dano algum pelas forças exteriores". É justamente neste intervalo criativo e também reflexivo que o poeta, carregado de realidade, adquire o distanciamento necessário para a produção da sua obra liberto das relações fetichizadas que formam a pseudoconcreticidade que o cerca.
Este distanciamento, nada mais é do que um aconchego ao espaço da criação artística. Porque é justamente na superação da contradição homem repetidor X homem criador, que o poeta realiza um salto qualitativo necessário à produção de novos conhecimentos em forma de arte.
É criando que o homem se objetiva. Segundo Marx: "o homem não se perde no seu objeto quando este se torna para ele objeto humano". Daí, a importância da criação como objeto de humanização e reflexão sobre a realidade para a construção de uma nova realidade.
por Sérgio Araújo
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